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Ceilândia, Distrito Federal, Brazil
Eu sou a educadora Deise Saraiva,graduada em Pedagogia pela Universidade Católica de Brasília, Pós graduada em Educação Especial - Deficiência Mental também pela UCB, Pós Graduada em Formação de Professores pela Universidade de Brasília e Mestre em Educação pela UnB. Com vasta experiência em diferentes áreas de atuação na educação: alfabetização, supervisão educacional, gestão escolar, formação de professores e professora especialista em Sala de Recursos (Atendimento Educacional Especializado para alunos especiais). Sou membro da RIC - Rede Internacional de Cuentacuentos, fundadora do grupo de contadores de histórias "Histórias e Tagarelices" (DF) e, claro, totalmente, apaixonada por histórias! Além disso tudo, ainda tenho a marca do sangue de Jesus em minha vida e por isto amo anunciar o Evangelho também através de histórias... Em fim, amo histórias, amo minha família, amo o meu trabalho e amo o meu DEUS!!!!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

REFLITA...

                                   Nem mauzinho e nem bonzinho: o desafio é outro...
                                               Por Deise Avelina Felipe Saraiva

      Em meio a tantas discussões sobre o processo histórico que levou a Educação Especial nos moldes que se tem hoje, percebe-se que a sociedade atual não se deparou “do nada” com uma sociedade supostamente inclusiva, mas há, de fato, uma construção histórica que remonta desde os tempos da antiguidade, cuja construção apresenta outros três momentos históricos específicos que antecedem a Inclusão, que são: Exclusão, Segregação e Integração (RIBEIRO, 2012).O fato é que, diariamente, nas escolas, nas salas de aula e nos diferentes espaços da sociedade, esses quatro períodos parecem estar ressurgindo e por esta razão, o educador, principalmente, tem a necessidade de intervir, uma vez nos documentos e ações mundiais vivencia-se tempos de inclusão.
      Neste sentido, a frase de Werneck (1997) “ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva” deveria ser um marco para a sociedade de modo geral, todavia os princípios dos períodos de exclusão, de segregação e de integração ainda estão latentes nos tempos de inclusão. Observa-se, por exemplo, que por vezes as famílias optam por excluir as crianças especiais do convívio social, outras optam por manter seus pequenos segregados... “escondidos” da sociedade e acabam encontrados no 156 devido a obrigatoriedade legal dos pais de matricularem seus filhos no Ensino Fundamental a partir de seis anos de idade. A visão de integração, também é muito frequente, especialmente entre os profissionais que atuam com as crianças especiais, a começar pelos educadores que ainda acreditam que a criança precisa “se adaptar” para ser participante do mundo acadêmico, para se desenvolver e para fazer parte da sociedade humana de acordo com seus padrões e normas.
       Sendo assim, o movimento de inclusão ainda é uma das maiores buscas da sociedade moderna que apenas adentrou numa perspectiva de inclusão porque está construindo práticas sociais inclusivas, muito lentamente. Deste modo, nos dias atuais, não cabe mais ser “mauzinho”, assumindo uma visão excludente e segregadora das crianças anormais (VIGOTSKI,2011)e nem mesmo “bonzinho” numa visão integradora deste sujeito na sociedade, mas o desafio é outro: atravessar a real aparência que a deficiência traz como “rótulo” para o sujeito e adentrar na essência que potencializa o sujeito. A inclusão numa perspectiva de educação social é o desafio! Em outras palavras, trata-se de fomentar o desenvolvimento humano através de várias açóes sócio-pedagógicas potencializadoras que permita à criança especial encontrar “atalhos” para construir conceitos devido a função psíquica obstruída pela deficiência (Vigotski, 2011).
        Finalmente, está posto o desafio da inclusão social e ao educador, em especial, cabe a tarefa de assumir práticas sócio-pedagógicas com um novo olhar, cabe a ele se apropriar do otimismo que o leva a acreditar nas possibilidades e não apenas em limitações da criança, é preciso permitir-se o espírito solidário (não paternalista ou caridade) e criativo, ambicionando dar mais ênfase à vida da criança especial como alguém que participa e transforma a sociedade em que se insere, desde a mais tenra idade. Ao educador cabe efetivar a educação social que fará da inclusão escolar também a inclusão social de todos!

      Referências Bibliográficas

FELIPE, Deise Avelina. A organização do ambiente escolar e as necessidades do desenvolvimento da criança: em busca da Qualidade na Educação Infantil. Brasília: UnB, 2005. Dissertação de Mestrado.

PIMENTEL, Susana Couto. A subjetivação do (d)eficiente no interior da escola: uma identidade a ser (des)construída. Educação em Revista, jul-dez 2008.

RIBEIRO, Júlia. Significações na Escola Inclusiva – Um estudo sobre as concepções e práticas de professores envolvidos com a inclusão escolar. Brasília: UnB, 2006. Tese de Doutorado.

VIGOTSKI, Lev Seminovitch. Psicologia Pedagógica. Trad. Claudia Shilling. Porto Alegre: Artmed, 2003.

_____________. Trad. Denise Regina Sales, Marta Kohl de Oliveira e Priscila Nascimento Marques. A defectologia e o estudo do desenvolvimento e da educação da criança anormal. São Paulo: Educação e Pesquisa, 2011.

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